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Nota do Autor:
Para melhor compreender o ambiente e "Clima" do Texto, aconselho que
você Caro (a) e Amigo (a) Leitor (a), enquanto desfruta da leitura,
"ouça" o Link Sugerido
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“Nada tão belo como uma criança
dormindo
Nem tão profundo como dormir sem sonhar
Nem tão antigo como o sonho dos teus olhos
Nem tão distante como a hora de acordar”
-Estes
são Pensamentos que Floresciam em minha Mente, aquecendo-me o Espírito toda a
vez que permitia a mim mesmo Zelar pelo seu sono, contemplando-lhe enquanto
dormia o dito “Sonho dos Justos”. E era Sempre Tão Doce e B ela, Calma e
Divina. Violett trazia-me Paz ao Espírito e Conforto ao Coração... Alento a
minha Mente.
Para
todo o Sempre assim o seria, não fossem as Rápidas, porém Sutis Mudanças...
Mudanças de nossa Família, em nossa Família? De Vivian, de Violett? –Não, mas,
sim no Mundo a Nossa Volta.
Mudanças
estas, que me eram Sussurradas ao pé do ouvido, na brisa que soprava ou no
vento que me vinha perguntar, como que querendo saber o que me era Mais Precioso,
e o quanto estaria disposto a pagar para o manter.
Naquele
dia, nada ocorrera de muito diferente, da nossa vida habitual. Cuidamos da lida
Rotineira de uma Vida Singela, tratando de nossa satisfatória cultura de hortifruti.
O Ambiente a nossa volta se fazia Belo e Singular, de um Gris que nos causava a
impressão de um Sonho à Realidade. Toda esta Impressão de um Sonho tornar-se
Real me causava certo Desconforto, imprimindo em mim o Medo de estar prestes a
Despertar.
A
tarde fomos presenteados com uma fina garoa, que dava a tudo um aspecto... de
certo, fantasmagórico, como que nos envolvendo em um Véu , que a tudo dava uma
forma translucida, distante. Tudo agora era Oculto na Névoa Chuvosa. De tão
espessa e fina, a garoa parecia inerte, suspensa no ar. Esta ideia era posta
por terra, somente quando da janela, contemplávamos um espetáculo de dança,
Sim! Espetáculo este, promovido pelo Vendo à embalar e guiar o Fino e Delicado
Véu de Chuva, que girava e rodopiava,
sendo jogada de um lado a outro, e por vezes, de baixo a cima.
Violett
possuía em seu Olhar, um Brilho de Encanto, assistindo àquele festival. Seus
olhos se arregalavam e um Grande Sorriso se abria. Assim permanecemos por um
longo tempo, hipnotizados, estado alterado, apenas quando Vivian abraçou-me
Gentilmente pelas costas, e beijou nossa pequenina na cabeça e acariciou-a. Sussurrou-me
ao pé do ouvido segredando-me um pequeno Desejo, de ver-me realizar um pequeno
Desejo de Violett, estampado em seu olhar. Pude sentir todo o seu Amor e Graça,
em seu abraço e vontade.
Sem
que eu dissesse palavra alguma, peguei Violett pela mão... Olhou-me com um
olhar Disperso, como que Despertando de um Encantamento. Em silencio, fiz-lhe
apenas um gesto com a cabeça em direção à porta, seguido por um Sorriso,
imediatamente correspondido por ela, também com um Sorriso, porém, um Imenso
Sorriso de Incredulidade. Juntos e de mãos dadas saímos correndo pela porta. Ao
contato com as primeiras gotas de chuva, fizemos caretas protegendo o rosto, sendo
logo envoltos naquele manto gélido e úmido. Às Gargalhadas dançamos e
Rodopiamos, oras de mãos dadas um ao outro, ora Livres, como a Chuva e o Vento.
Fomos
pegos de Surpresa quando aquele fino véu tornou-se um Pesado Manto Ruidoso.
Chuva, agora caia Pesadamente, como uma forma de Brindar-nos com Um Grande
Alvoroço. Corríamos e brincávamos de pegar, pisoteando na grossa camada de lama
e água sob nossos pés.
“Por
mais que eu queira e tente transmitir o Sentimento presente naquele momento, Jamais
encontrarei uma forma e/ou Língua, extinta ou rica em verbos e expressões, que
lhes movam a partilhar de meu Sentimento.”
Com a Chuva
e o Vento a nossa volta era como estar selado em um Relicário. Nada que
estivesse fora e ao nosso redor nos era possível Ouvir, Ver ou Sentir, senão
depois de muito tempo de Divertidas brincadeiras, quando já estávamos bem habituados
com o Festim dos Céus, ao fundo e longe, ouvia-se um som que aos poucos crescia
e tomava forma, uma forma conhecida... Suave. Suave, Claro e Amoroso, assim era
o chamado de Vivian aos nossos ouvidos. Chamava-nos da entrada de nossa casa como
uma Ninfa por entre Brumas a chamar-nos para um Divino Banquete. Seus olhos
Castanhos Claro Iluminavam-se como Brasas Vivas externando o Estase de seu Espírito.
Seu rosto e cabelos brilhavam como um Céu de Verão, respingados pela chuva.
-Pega!!!
Gritou
Violett, e corremos como Feras e saltamos sobre Vivian, como nossa caça. Entre
Gargalhadas e Gritos de frio, ela nos tentava afastar com cócegas, fugindo de
nosso Abraço. Seu Sorriso Perolado fez com que me distraísse por um breve
momento.
Nos recompomos,
sendo acolhidos pelo calor de nosso Lar. Ao fundo, na cozinha, ouvia-se a lenha
a crepitar no fogão, a tudo iluminando com uma luz tremeluzente. Violett
abraçou-nos uma vez mais e seguiu rumo á cozinha. Vivian e eu, rimos ao ver a
expressão de Surpresa que tomara conta do rosto de nossa pequenina quando
sentira um doce Aroma de bolinhos e leite quente que nos aguardava. Trocamos um
longo olhar e nos beijamos ternamente.
Que belo texto meu amigo! As composições que vem construindo são ricas de elementos que invejam o leitor: o banho de chuva, o aroma de bolinhos e leite...ah como seria bom uma lareira crepitante! Arcanjo está confortavelmente abrigado e protegido...mas há um medo do ”despertar desse sonho”...estaria ele sentindo que as mudanças chegariam para despertá-lo dessa mágica vivência? Aguardo o próximo capítulo :)
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