Fragilidade é a Imagem que
Isadora McB Night transparecia... Mas, de alguma forma, como que com um grande
Talento, deixava sua Imagem e até mesmo Postura e Comportamento de uma Refinada
Condessa dona de Grande Fortuna e Maravilhosa Fortaleza, para assumir a
Identidade de uma Rústica Camponesa “paganis’ (pessoas de vida simples,
trabalhadores do campo, com crenças voltadas à Natureza), deixando de lado todo
o seu Requinte, olhar Vivo e Sedução, de movimentos Sutis. Isis Bloodrain, era
sua fuga para Mundo além de suas Muralhas... Era seu Portal de Entrada para m
Mundo sem Olhares Cobiçosos, Gananciosos, onde podia Vagar por onde quer que
fosse, sem ter de se acompanhada por seus Serviçais. O Umbral deste portal eram
os “Moon’d’Lupi” –Seus criados Pessoais e Valiria Paganis, filha destes.
Como Isis
Bloodrain, era uma garota de Grandes Mistérios... Como Isadora McB Night, um
Profundo Poço de Desejos, Segredos e Intenções.
Muito
pouco sabia-se a seu respeito, na realidade, nada sabia-se além do que à vista,
podia-se ver, ou seja: Mulher de Aparência Jovial, Beleza Única, Detentora de
uma Grande Fortuna, Poder e Influencia, ao menos, é o que demonstravam os
Suntuosos Bailes de Mascaras e Jantares. A presença de tão bem trajados
convidados, vindos em tão belas carruagens, a todos transparecia que eram
Importante Personalidades, de Grandes Famílias tradicionais, com Belos e
Joviais Cônjuges, filhos e filhas; Sedutores e Virginais.
– Gente estranha. Pensava-se. –De que grande Império seria
Herdeira para esbanjar tamanha Fortuna a atrair outros tantos visitantes,
também de Grandes posses, vindos em Grandes e Luxuosas Comitivas, à contemplar
seus Grandes Bailes e Jantares, Ágape. E que Segredos, Histórias e Mistérios
ocultaria aquela tão Encantadora e jovial Beleza? – estes eram alguns dos
principais questionamentos feitos uns aos outros aldeães residentes de toda a
região circunvizinha de “WaterFord”.
A Mansão
“FortRock” como era conhecida, por ter sido erguida com Rústico Requinte em
granito, hoje tomado por Densa Relva e pequenas janelas e muitos vitrais. Fora
construída em a cerca de um século, pelo suposto Patriarca da Família de
Isadora.
Homem de
Expressão Dura e Severa, Olhar Frio , e de Hábitos Excêntricos e Peculiares,(participava de
Duelos de espada e tiro. Nos de Espada, os ferimentos nunca o abalara; nos de
tiro, parecia nunca ter sido atingido). Ninguém parecia saber de sua Vida,
Homem reservado. Sabia-se ser dono de uma Inestimável Fortuna adquirida,
diz-se, de anos de Tradição Naval Mercantil. Proprietário de uma flotilha
mercante, Allan Hangcruel (Cap. Frost) como era comummente chamado pelos
tripulantes quando decidia, ele mesmo, comandar uma de suas embarcações;
casara-se com Samanta Siegel D’Munique
(mulher de grandes posses e poder), expandindo assim, suas Riquezas, Domínio e
Poder, dando inicio a Poderosa Família B. Night.
Allan B.
Night mantinha sua Fortuna principalmente como Mercador e Agente de inúmeras outras
Importantes Famílias, por todo o Velho Mundo. Fizera fortuna como mercador de Relíquias
religiosas, como sarcófagos e itens Únicos de Templos pelo Mundo, e especiarias
encomendadas por grandes comerciantes. Muitas Famílias tradicionais com quem
mantinha próximo contato o procuravam seus serviços como agente, para assim, espalmarem
pelos cinco Continentes.
Allan
também prestara grandes Serviços a coroa levando o “lixo Humano” dos calabouços
para as “Ilhas Cárcere”. A alcunhe de Capitão Frosty viera quando ele mesmo
tomava o comando de suas Nau, transportando seus “Amigos de Poder” pelos 7
mares para habitarem em novas terras, pois quando assumia o comando, era homem
destemido. Sua Frieza e Rigidez o fazia seguir Cortando o Oceano, como o Vento
Frio, fazendo-os parecer uma seta certeira no alvo, uma Lâmina de fio agudo na macia
carne de Netuno. Nestas empreitadas não era Surpresa a falta de alguns homens,
de certo... Caídos no Mar.
'''-(Continuação)-'''
De nada se teria conhecimento, quer seja de sua história ou atividades e costumes, não fosse o fato de Isadora, já há algum certo tempo, estar sendo observada tendo todos seus passos seguidos. Quando em suas idas e vindas às Cidadelas, era observada de muito, muito perto. Seu percurso de volta a Velha Mansão era seguido por entre as Arvores... Quando em casa, era observada, tendo seus costumes observados ao longe, por entre o arvoredo que cobria toda a volta da Mansão, mantendo a discrição do lugar, em meio à extensa planície salpicada de Carvalhos e Coníferas, cortada por pequenas estradas acidentadas por cascos e carroças e carruagens. Sua mansão se desviava cerca de duas Milhas da principal Estrada.
A Condessa muito pouco se expunha, e muito raramente dirigia-se aos distritos vizinhos, quando o fazia preferia o frescor e discrição Noturnos. Vez que outra era vista durante o dia, cercada de criados, tendo Valiria, sua criada pessoal, sempre ao seu lado, coordenando aos demais.
Valiria era moça de Traços Suaves e Semblante Duro, aparentando não mais que 15 anos de idade. Sua Doçura, por vezes desfazia-se em Fel. Não provinha de Rico Berço, porém, cabia-lhe o Nobre Dever de garantir o Bem Estar de sua Senhora. Tarefa de Grande Responsabilidade, Honra e Importância, demonstrando Imensa Confiança em seus Serviçais e Cuidados.
Em meio a toda impostura da Mansão, e Frieza de sua Arquitetura, o ambiente ao redor e dentro dos Limites das Altas Muralhas sugeria Sutileza e Requinte, Graça e Beleza... Alerta e Perigo. Por toda a extensão das muralhas, pela parte interna, corriam largas linhas de Arbustos espinheiros com flores de tons que variavam do Violeta ao Carmesim, crescendo entre seus ramos. Em todo o resto que não fosse área construída via-se Pomares, Pinheiros.
Um Imponente e Nodoso Carvalho cercado por Bétulas e Salgueiros formava a figura de um “Circulo ponto” de duas camadas, com as Bétulas à margem. Um caminho de Pedras seguia do Grande Portão até o átrio de entrada, interligavam-se as aglomerações de Pomares, Pinheiros, a uma fonte com a figura de Venus cercada por tritãos e sereias, a um espelho d’água, a estufa, e por fim ao Circulo Ponto... Aqui e ali, margeando de forma descontínua estas trilhas, viam-se inúmeras espécies de rosas e cravos. Em Beleza e Singularidade à entrada da Propriedade e por toda a volta da mansão, estavam as mais fascinantes e Alvas Rosas, de uma Brancura Única.
Em uma rara aparição diurna, Isadora pode ser vista sair pelo Imenso Portal da Mansão, precedida por seis criados á montar uma larga tenda de setas e pesados tecidos de tons de cor Negra e Púrpura. A Condessa seguia tendo Valiria ao seu lado, e mais criados acompanhando-a, fazendo-lhe sombra com uma armação parecida com a que montavam próximo ao espelho d’água, protegendo-as do Sol de fim de tarde. Tão logo fora instalada à beira d’água, parte da criadagem retirou-se para logo em seguida retornar com Jarras e Bacias do mais Puro Ouro, onde Isadora pode lavar o rosto e as mãos, sendo assistida pela criadagem que se apresentou para alcançar-lhe toalhas, Carmesim. Ali, abrigada do Sol, falava aos criados no que parecia ser um tom de Alegria, Ria audivelmente, então passou a gesticular para a criadagem fazendo gestos circulares com as mãos, ora apontando para o Casarão, ora para o centro e arredor de sua Larga tenda. Os criados parecendo relutantes, passaram a ser então comandados por Valiria, sempre prestativa aos Desejos de sua Senhora. Todos então se retiraram, seguidos por Valiria, retornando após instantes o que parecia ser todo o contingente de criados, cerca de quinze indivíduos divididos entre cinco homens, dez mulheres e a Criada Pessoal, carregando bandejas cobertas e travessas de frutas. A Condessa pareceu ainda mais animada quando todos se aninharam a sua volta, banqueteando-se de frutas e tortas, bebendo bebidas quentes. Isadora não fez questão de provar dos frescos frutos ou das tortas, contentara-se em apreciar o que parecia ser especo vinho de frutas que lhe davam um tom entre o Rubro e o Bordo.
Com a chegada da Noite, Coberta por um Belíssimo Manto Estrelado e uma Gigantesca Lua de Brilho intenso, Isadora, com auxilio de Valiria e mais uma criada, despiu-se, lançando-se em seguida a banhar-se no grande espelho d’água que refletia um Belo Brilho Prateado. A criadagem, que ali estava, pouco a pouco se retirou para que sua Senhora desfrutasse de privacidade. Archotes foram acesos pela grande área ao redor da Mansão e pelos seus corredores internos dando a tudo um tom lúgubre. Isadora, banhava-se como se estivesse em uma sessão de relaxamento... Dançava, girando em círculos e gesticulando com as mãos, traçando desenhos pelo ar, como que em um ritual à Mãe das Águas ou à Deusa Lua. O brilho prateado da Lua em nada contrastava com a Alva imaculada Beleza e pele alva de Isadora, envolvendo-lhe em uma Áurea de pureza... A noite avançou e todos se retiraram.